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segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Família de sempre

Outro dia, para colaborar com uma colega de grupo (sábado na Nossa Casa) que relatava suas dificuldades com o filho mais velho, eu me atrevi a contar minha experiência como filho problemático. Na ocasião, contei que os motivos, prováveis, de sempre ter sido podado, desprezado, e castrado (bloqueado) psicologicamente pelo meu pai era claro; como resultado me tornei um homem triste, pessimista e com baixa autoestima. Obviamente, eu não fui o melhor filho do mundo e isto não têm origens somente neste encarnação.

Neste passado, fui muito pior do que sou hoje, e nestas vidas em nome da luxúria, egoísmo, prepotência e futilidade muita dor causei ao que hoje é minha família.

Acontece que quando pensava estar ajudando a outra pessoa, contando breve parte de minhas histórias, retirava uma das muitas máscaras que usamos para nos ocultar dos outros e principalmente de nós mesmos. O resultado disto foi que desci do trono do orgulho e prepotência, onde hora nos colocamos no papel de vítima hora no papel de juiz, criticando os outros pelas coisas que mais nos incomodam e que, por este motivo, certamente possuímos como força motriz do verdadeiro Ser que ainda somos.

Quando se desce do citado trono, podemos ver melhor as nossas situações passadas e presentes com mais clareza e podemos sem carregar medos andar e iniciar uma nova jornada.

As máscaras que usamos pelo caminho nos disfarçam (às vezes) mas também nos impedem de seguir em frente pelo melhor caminho. Ficamos reféns das aparências e das expectativas dos outros e de nós mesmos – pura e absoluta ilusão. E assim, sem o confronto com nossa verdadeira realidade podemos seguir, distantes da vida real que o Pai deseja a todos os filhos.

Sobre a família, lembro-me de um texto de Chico Xavier que diz “...Teus parentes, amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade”, e de fato é uma verdade afinal não escolhemos pai, mãe, irmão, filhos somente pelo critério de afinidade mas muitas vezes pelo critério da necessidade espiritual de resolver problemas, desamores, ódio, violência, entre outros. Não é a toa, que somos agraciados pelo esquecimento do que fomos, do que fizemos e do que nos fizeram. Será que escolheríamos o que nos convém ao crescimento e evolução se fôssemos donos absolutos das escolhas familiares? É provável que não!

Então nossos parentes mais próximos, na verdade, são companheiros de caminhada de longa data que trazem por vezes cargas pesadas de ressentimento e dor. Isto explica a máxima de eu achar o problema do outro extremamente simples de resolver e vice-versa.

Por vezes, o título familiares: filho, mãe, pai, irmão, entre outros, pode atrapalhar a visão clara de quem ali está a sua frente. Este companheiro(a) de caminhada, velho conhecido, devido a conflitos graves vividos no passado sempre será muito mais do que um simples familiar. Aquele ideal e hierarquia clássica de família, muitas vezes, nos impede que tenhamos a percepção de que aquela pessoa viveu um outro papel em nossas vidas, ou ainda pior quando esta hierarquia familiar, equivocadamente, me permita desrespeitar ou desconsiderar opiniões do outro quando diferentes das minhas .

Os laços familiares são sempre intensos e por vezes intrincados e complicados devido estas situações que ocorreram no ontem. O convívio pode ser difícil, tempestuoso e até violento em nome dos nossos verdadeiros sentimentos que, normalmente, ficam escondidos por trás dos conceitos da sociedade, do querer ser bonito e bonzinho e até da ilusão da família ideal (ainda inatingível para a maioria de nós). O problema não são as diferenças e cobranças, o problema é como reagimos diante de situações que nos levam ao extremo do sentimento verdadeiro e do Ser sem máscaras que realmente somos.

Tenhamos a visão clara e a vontade forte de encarar a verdade, perdoando-se do que fizestes a outros e começando um novo amanhã baseado em responsabilidade, comprometimento e verdade. Reformando-se intimamente e trazendo para a sua vida, humildade, amor e perseverança é que se consegue diminuir o tamanho dos desafios afim de trilhar um caminho mais suave de amor, compreensão e cooperação.

Boa caminhada!

Adriano - 18/07/2011

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