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segunda-feira, 13 de junho de 2011

A História do Caminheiro

UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA 

Perguntam constantemente
Quem sou?
E nada sabes de mim.
Dizes ser teu amigo
E que crês em mim.

Nada me perguntas
E nada te digo.
Basta-nos sermos amigos
E assim tem sido na nossa caminhada
De mestre e aprendiz.

A confiança existe,
Jamais te critiquei ou aprovei.
Te aceito e respeito como és:
Uma caminhante de longas estradas,
Buscando a luz e a paz.

Hoje vou te falar de mim,
Contar um pouco da minha história
Longa, cheia de expectativas
De um dia poder dizer: EU SOU.
Até lá continuarei a ser o Caminheiro.

Caminhei e caminho buscando
A luz da eternidade,
Para me fazer perfeito
Aos olhos de nosso Pai
E nele me integrar,
Voltando as minhas origens.

Sou um eterno caminhante,
Bagagem simples carrego:
Amor para distribuir,
Solidariedade, fraternidade e compaixão
Para com os homens carentes.

Dissemino ensinamentos
Aprendidos de mestres e instrutores,
Bagagem a distribuir
Aos que tem fome de saber.

Demarco caminhos aos despertos
Ao chamado do Pai
“Vem e ajuda”, para que não se percam
Nem se iludam na escolha
Da estrada a percorrer.

Me faço lanterna de luz,
Alumio caminhos escuros,
Trilhas mal traçadas,
Para que não haja retardo
E o encontro não se faça
Fora de hora, tardiamente
E tenhamos mais uma vez
Que repetir nossas histórias.

Prometi, vou cumprir:
Hoje vou falar de mim,
Contando minhas verdades.

Sou eterno na criação divina.
Fiz transições e mutações
Até a condição humana,
Quando me fiz aprendiz da vida.

Fui rude nas cavernas,
Insaciável nos instintos.
A natureza tive como mestra.
Desenvolvi valores, me fiz pertinaz,
Destemido, me fiz bravo, lutador,
Obediente às leis, aos limites
Da rude comunidade, até a liderar.
Me fiz mestre e ensinei
A minha gente a superar limites.

Conheci outras formas de viver.
Convivi com o mar, me fiz navegador.
Conheci sua força, seu poder e revolta,
Aprendi a respeitá-lo e conhece-lo.
Guiando-me pelas estrelas
Aprendi a ouvir suas advertências,
Seus prognósticos e alertas.
Me fiz disciplinado e obediente.
Nos fizemos amigos.
Lhe sou grato por ter me ensinado
A respeitá-lo para ser preservado.
Cultivei a terra, aprendi amá-la
Por me sustentar a vida.
Vi e a reconheci útero fértil,
Transformando a pequena semente
Em relva, arbusto, árvores gigantes,
Gestando florestas, matas e capões.
Não existissem, a Terra não seria
Habitada pelos homens e animais.
Aprendi com ela a determinação,
A constante luta pela sobrevivência,
O reconhecimento da presença do Pai,
A semelhança com o seu processo evolutivo.
Desenvolvi minha gratidão
Pelo que me ensinou e sustentou.

A natureza me fascina.
A magnitude do sol, o poder das águas
Que geram e alimentam a vida,
Sem nada cobrar e a todos irmanar.
Doam à toda criação e nada cobram
E tudo celebram, na sua constante.
Amam sem fazer escolha ou seleção.
Basta carecer para os ter à disposição.
Com eles aprendi
A dar de graça o que vem do Pai.

Convivi em comunidades ribeirinhas,
Em planaltos e planícies,
Me adaptando as suas regras e exigências.
Precisei adequar hábitos de vida
Para me fazer saudável de corpo e mente.
Me fiz mais um aluno comunitário.
Aprendi a “servir amando”
Sem nunca ter ouvido falar do Cristo,
Tão primitivas minhas vivências.

Um dia me atrevi e pedi:
Quero, preciso renascer para crescer
Em outro padrão de civilização.
Atendido fui, me fiz social,
Tomo consciência de quem sou,
Da minha filiação divina.
Descubro o Cristo, suas leis e princípios,
Gratifico-me em ser seu filho.

Me ponho disponível a ser discípulo
E vivencio vivências de aprendizado.
Umas mais suaves, outras severas e penosas.
Enfrento lutas, batalhas e dores.
Sofrimentos convivem comigo,
Tudo passo sem reclamar.

Me faço estóico, desenvolvo a fé.
Busco tudo saber, aprender,
Alimentando o desejo de ser melhor,
Respeitoso de leis e princípios,
Responsável na tarefa do amor
Pelo meu semelhante, a humanidade.

Venho exercendo meu mister,
Participando de experiências de tantos
Que, como tu,
Despertaram ao chamado do Cristo:
“Vem e ajuda”
Aos teus irmãos de caminho.



O Caminheiro

Recebido por Nydia Corrêa da Silva
Em 13 de novembro de 2001.

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