Ads 468x60px

Labels

Sample text

Social Icons

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A História da Aura Celeste

Nas colunas desta revista têm passado em grande escala alguns monumentos da obra social do Espiritismo no Brasil. Essas referências merecidas deram plena satisfação à nossa consciência. Fazer justiça é um ato tranqüilizador e coloca o indivíduo em posição mais forte.

Hoje vamos referir-nos a um vulto espírita que no Rio de Janeiro desempenhou elevado papel doutrinário, como escritora, médium, poetisa e conferente. Trata-se da Sra. Adelaide Augusta Câmara (Aura Celeste), desencarnada em 25 de outubro de 1944 na capital federal e que à seara de Jesus dedicou a maior parte da sua vida e o melhor do seu tempo, até o esgotamento das forças físicas, trabalhando, pregando e espalhando a mancheias a luz espiritual, em conferências e sessões que presidia semanalmente no Asilo Espírita João Evangelista.

Aura Celeste, nome que recebeu do Alto em homenagem ao seu esforço de propagandista, ergueu o edifício do Asilo com esmolas angariadas de rua em rua, de viela em viela. E a Casa João Evangelista — como ela lhe chamava — viveu impregnada da sua alegria espiritual. As criancinhas eram educadas sem distinção de raça ou de cor e quando atingiam a maioridade podiam facilmente enfrentar a vida como taquígrafas, datilógrafas, telefonistas, professoras, etc., quando não saiam com seu dote material pelo braço do marido.
Tivemos ensejo de ler muitas pérolas do além devidas à sua mediunidade psicográfica, as quais, reunidas em volume, eram distribuídas gratuitamente. Alguns fascículos vieram ter às nossas mãos há mais de 25 anos, repletos de conselhos salutares firmados por espíritos de escol, como Spínola, Anália Franco, Romualdo e Bezerra de Menezes. Sabia-nos bem a sua leitura.

Aura Celeste abandonou as plagas terrestres e evolou-se como parcela de luz resplandecente. Ficou a sua obra, o seu poema de amor e caridade.

Mãe extremosa dos seus próprios filhos, mãe extremosa de filhos de outras mães, a todos acarinhou com igual afeto.

Foi um alto exemplo de amor ao próximo o vulto luminoso de Aura Celeste. E a sementeira que espalhou por terreno sáfaro —Sentimentais, Rumo à Verdade, Flores do Céu, Vozes de Alma, Luz do Alto, Palavras Esp fritas, Do Além, etc. etc. — iluminou muitas almas e trouxe outras ao redil.

Faz oito anos que “mudou de casa”, numa ascese grandiosa. Agora, do mundo onde se encontra pode auxiliar-nos com maior amplitude. Que o seu espírito se desentranhe em novas dádivas, abrindo caminho aos que ficaram a braços com grandes problemas, são os nossos votos mais ardentes, votos de quem labuta diariamente pela emancipação humana, sob a égide de Jesus, o nosso grande Mestre.

Aura Celeste. Lisboa, Estudos Psíquicos, 
Mensário independente ao serviço do 
Espiritismo luso-brasileiro, ano 13, n. 10, 
p. 303, out. 1952.

0 comentários:

Postar um comentário